domingo, 4 de agosto de 2013

São João tem IDH maior que 18 capitais do país

O IDH (Índice de desenvolvimento humano) é uma forma de medir o desenvolvimento de países, regiões, estados ou municípios de acordo com parâmetros comparativos relacionados à educação, analfabetismo e matrículas, longevidade através da perspectiva de vida após nascimento, natalidade e mortalidade e renda PIB-per-capita.

Este índice pode ajudar a sociedade civil organizada e o estado, em todas as suas esferas (federal, estadual e municipal) a conhecer melhor a realidade de cada região, para que assim possam intervir propondo ações e iniciativas para melhorar a qualidade de vida em locais que necessitem de maior assistência, e devem procurar fazer isto de forma continuada.

O IDH surgiu em 1990 para criar alternativas às avaliações com base em critérios exclusivamente econômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB), e tem o objetivo de servir como referência para o nível de desenvolvimento humano de determinada região. O IDHM é elaborado pelo PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e com a Fundação João Pinheiro. 

Avaliação do Desenvolvimento das cidades

É a terceira vez que o órgão da ONU realiza o levantamento sobre a situação nos municípios do país – outras duas edições da pesquisa foram divulgadas em 1998 e 2003.
No atlas de 2013, o IDH foi calculado com base nos dados do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No atlas de 2003, as informações são as do censo de 2000, e, para 1998, a base de dados foi a de 1991.


No entanto, neste ano, o PNUD mudou os critérios de aferição do índice, e atualizou os dados dessas duas pesquisas anteriores com base nesses novos critérios

São João da Boa Vista obteve uma avaliação que o classificou entre as 50 maiores do país, superando nada menos que 18 capitais: Palmas, Cuiabá, Campo Grande, Recife, Aracaju, São Luís, João Pessoa, Natal, Salvador, Fortaleza, Boa Vista, Teresina, Belém, Manaus, Porto Velho, Macapá, Rio Branco, Maceió. 

São Paulo tem 28 cidades com maior IDH do Brasil

Todo mundo tem uma ideia básica sobre os critérios de avaliação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), estão ancorados em renda, educação e saúde, mas o ranking dos países divulgado anualmente pelo Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU não é obtido de forma tão simplista assim.
Em 2011, os parâmetros de avaliação sofreram uma das maiores mudanças desde o início da criação do índice em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq. Vamos a elas:


Renda: o Produto Interno Bruto (PIB) per capita foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita. Relacionado com o PIB, a RNB inclui o dinheiro recebido do exterior, seja uma remessa de dinheiro enviada pelos residentes de fora ou então investimentos, e diminui-se o valor pago ao exterior, como empréstimos e remessas de lucros das empresas de origem.

Educação: engloba dois indicadores e ambos foram alterados. O primeiro, que substituiu a taxa de alfabetização, engloba a média de anos de estudos de pessoas a partir de 25 anos. O segundo, que tratava sobre a taxa bruta de matrículas, deu lugar à expectativa de anos de estudos que a pessoa espera receber contado desde o seu nascimento. Essa mudança foi importante, uma vez que os países com IDH muito alto possuem elevado índice de matrículas brutas e alfabetização, não permitindo diferenciá-los.

Saúde: nesse critério, não houve mudanças. Continua-se utilizando a esperança de vida como avaliação. Esse indicador reflete as condições sanitárias e o atendimento à saúde de um país.

Devido à mudança de metodologia no cálculo do indicador “educação”, os pesquisadores do PNUD consideram errado comparar o IDHM 2013 com os índices divulgados em 1998 e 2003.

No entanto, os valores do IDHM 1998 e 2003 foram recalculados com base na nova metodologia. Assim, as comparações e análises entre indicadores, municípios e anos devem ser feitas apenas dentro da plataforma do Atlas Brasil 2013, segundo o PNUD.
Os indicadores de longevidade e de renda são compostos pelos mesmos elementos utilizados nos atlas dos anos anteriores: esperança de vida ao nascer e renda mensal per capita, respectivamente.
Das 50 cidades melhores colocadas no ranking nacional, 28 são do estado de São Paulo – veja na tabela a lista dos 50 melhores índices do país. 

Das 50 Cidades com o melhor IDH do Brasil 28 são paulistas
1-São Caetano do Sul (SP) 0,862
2-Águas de São Pedro (SP) 0,854
3-Florianópolis (SC) 0,847
4-Vitória (ES) 0,845
4-Balneário Camboriú (SC) 0,845
6-Santos (SP) 0,840
7-Niterói (RJ) 0,837
8-Joaçaba (SC) 0,827
9-Brasília (DF) 0,824
10-Curitiba (PR) 0,823
11-Jundiaí (SP) 0,821
12-Valinhos (SP) 0,819
13-Vinhedo (SP) 0,817
14-Santo André (SP) 0,815
14-Araraquara (SP) 0,815
16-Santana de Parnaíba (SP) 0,814
17-Nova Lima (MG) 0,813
18-Ilha Solteira (SP) 0,812
19-Americana (SP) 0,811
20-Belo Horizonte (MG) 0,810
21-São José (SC) 0,809
21-Joinville (SC) 0,809
23-Maringá (PR) 0,808
24-São José dos Campos (SP) 0,807
25-Blumenau (SC) 0,806
25-Rio Fortuna (SC) 0,806
25-Presidente Prudente (SP) 0,806
28-São Bernardo do Campo (SP) 0,805
28-São Paulo (SP) 0,805
28-Porto Alegre (RS) 0,805
28-São Carlos (SP) 0,805
28-Campinas (SP) 0,805
28-Assis (SP) 0,805
34-Jaraguá do Sul (SC) 0,803
34-Rio Claro (SP) 0,803
36-Rio do Sul (SC) 0,802
37-São Miguel do Oeste (SC) 0,801
37-Bauru (SP) 0,801
37-Pirassununga (SP) 0,801
40-Taubaté (SP) 0,800
40-Concórdia (SC) 0,800
40-Botucatu (SP) 0,800
40-Ribeirão Preto (SP) 0,800
40-Vila Velha (ES) 0,800
45-Goiânia (GO) 0,799
45-Rio de Janeiro (RJ) 0,799
47-Marília (SP) 0,798
47-Sorocaba (SP) 0,798

47-Guaratinguetá (SP) 0,798
50-São João da Boa Vista (SP) 0,797
50-São José do Rio Preto (SP) 0,797

50-Fernandópolis (SP) 0,797

Avaliação ficou mais rígida
O Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM) de 2013, feito com base nos dados do Censo de 2010, tornou mais rígida à avaliação das cidades brasileiras na área de Educação. Depois de 20 anos, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) avaliou que já não bastava mais ao Brasil ter adultos apenas alfabetizados e colocar as crianças na Escola. É preciso avaliar formação e fluxo Escolar.


O IDHM Educação passou a cobrar a proporção de brasileiros que completaram o Ensino fundamental e o porcentual de crianças e jovens na Escola em diversas faixas etárias, dos 5 aos 20 anos. Os três indicadores usados pelo IDHM – Educação, Saúde e Renda – são os mesmos do IDH Global, divulgado todos os anos pelo PNUD.

Nos dois últimos, o critério para formar o indicador também é o mesmo: expectativa de vida ao nascer e renda per capita. Em Educação, no entanto, o indicador global também é diferente.

Um comentário:

  1. Prezado Companheiro Jardim,


    A excelente notícia que veio 2 dias após esta:

    A MORTALIDADE INFANTIL CAIU QUASE 80%!


    Nenhuma manchete.


    Claudia
    Petralhinha Amadora

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